Corrida de cavalo se transforma em termômetro para eleições 2012

Foto (Tonho Veríssimo): Super Juazeiro/ Foto (Zé Neto): Portal Mais Castelo/ Demais fotos: Juazeiro Alerta

A maioria do povo brasileiro respira política 24 horas por dia. Talvez pelo fato do país ter eleições a cada dois anos, o que deixa o eleitor mais fanático sempre em alerta e buscando um motivo para comemorar.

Em Juazeiro do Piauí não é diferente. Até em corrida de cavalo a política está presente e de forma bem apaixonada. No último sábado (10), no povoado Simpatia, por ocasião da inauguração do Parque Mamede Damasceno, o grande público presente se dividiu entre os cavalos Garanhão e Motoqueiro, que representavam, segundo os apostadores, Tonho Veríssimo (PCdoB) e Zé Neto (PSB), respectivamente, e tradicionais adversários na política juazeirense.

O fato é que Tonho Veríssimo adotou o cavalo Garanhão e Zé Neto, o cavalo Motoqueiro. O bolão de aposta chegou a R$ 6 mil, e as apostas paralelas poderão ter chegado aos R$ 8 mil. Durante todo o dia o ex-prefeito Zé Neto comentava nas rodas de apostas que "não perdia eleição e nem corrida de cavalo." 

Mas o resultado do dia não lhe foi favorável, além de não ganhar nenhuma corrida, ainda perdeu a principal delas, ou seja, a corrida entre Garanhão e Motoqueiro. Apesar de ter cinco metros de vantagem, o Motoqueiro não suportou o desempenho do Garanhão, que venceu a corrida e fez a alegria dos simpatizantes de Tonho Veríssimo.

Depois da corrida, o que se viu foi a metade da multidão comemorando como se tivesse vencido uma eleição, e a outra metade, cabisbaixa e tristonha, como se estivesse num velório. Dava para se ouvir os gritos de "Zé Neto esta é a tua primeira derrota!" Mas os zenetistas, apesar de desorientados com o insucesso, ensaiavam um pedido de revanche.

Esta revanche poderá ser somente no dia 07 de outubro de 2012, quando acontecerão as eleições municipais. Mas, afinal de conta, é bom os partidários do ex-prefeito irem colocando a "barba de molho", pois a corrida de cavalo já perderam, e isto pode ser um prenúncio de uma derrota nas urnas. Afinal, a primeira derrota poderá puxar a segunda, a terceira... Ou não?